Insônia e obesidade: entenda como a falta de sono afeta o metabolismo
Sabemos que o ritmo acelerado do dia a dia nem sempre favorece um cenário de noite tranquila, fazendo com que algumas pessoas durmam cada vez menos. Contudo, ter uma boa noite de sono é essencial para a saúde - inclusive, insônia e obesidade têm relação entre si.
A insônia é caracterizada como o distúrbio que causa a dificuldade em dormir. E é justamente durante o tempo de descanso que o corpo realiza uma espécie de “limpeza”, fortalecendo a imunidade, liberando hormônios, regulando o metabolismo e as funções neurais, além de outros feitos importantes para o organismo.
De acordo com dados da Associação Brasileira do Sono (ABS), divulgados pelo site UOL, a falta de sono atinge 73 milhões de brasileiros - um dado que merece atenção.
E quando falamos de insônia e obesidade? Sim, dormir mal influencia diretamente na balança, pois pode desencadear uma série de problemas que elevam os riscos de doenças como o aumento de peso.
Qual a relação de insônia e obesidade?
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o sono desregulado reduz os níveis de leptina (hormônio da saciedade), eleva os níveis de grelina (hormônio da fome) e gera cansaço, aumentando a vontade de comer alimentos com alto teor calórico.
Além disso, a insônia e obesidade podem ter relação a partir de condições primárias, como a falta de concentração e de libido, ansiedade, e até mesmo depressão. O conjunto destes fatores citados contribui para o ganho de peso.
Dessa forma, a falta de sono faz com que o indivíduo entre em um ciclo vicioso, no qual terá mais fadiga, ficará mais cansado e, consequentemente, mais sedentário. Dentre as principais causas da insônia, estão:
- Fatores psicofisiológicos;
- Preocupações, ansiedade e estresse;
- Dores no corpo;
- Doenças respiratórias;
- Uso de alguns medicamentos.
Como tratar a insônia?
Embora ainda não exista um estudo que comprove quantas horas a pessoa deve dormir, o recomendado por especialistas, em casos de insônia e obesidade, é de 6 a 8 horas por noite. Portanto, o modo mais eficaz para reverter essa situação, primeiramente, é seguir o recomendado de horas para regular a melatonina (hormônio do sono).
Você pode estar se perguntando: “mas como fazer isso, Dra.?”. O primeiro passo é eliminar tudo o que atrapalha seu sono. Veja algumas dicas que separei a seguir:
- Preparar um local aconchegante para dormir;
- Adotar uma rotina - dormir e levantar sempre nos mesmos horários;
- Evitar cochilos durante o dia;
- Não ingerir café ou estimulantes à noite;
- Se exercitar pela manhã ou tarde - o exercício físico ajuda a dormir melhor, mas é importante que seja feito até seis horas antes de se deitar, pois pode causar agitação;
- Comer alimentos leves no jantar;
- Evitar lâmpadas fortes, telas de computador e celulares à noite - a exposição à luz pode atrapalhar a produção de melatonina e causar insônia.
Busque ajuda médica!
É importante ressaltar que se você já tentou combater insônia e obesidade, mas não obteve sucesso, esse pode ser um sinal de que é hora de buscar ajuda médica. A falta de sono que persiste por mais de duas semanas tende a se transformar em um problema crônico.
Atualmente, existem alguns exames que são capazes de diagnosticar problemas de insônia que são acompanhados de condições, como o ronco, epilepsia noturna, apneia, sonambulismo, dentre outros.
Vale enfatizar que muitos pacientes chegam ao consultório na expectativa de tratar a obesidade, mas mais importante do que tratar o problema, é fazer uma avaliação completa para compreender as causas. Para quem tem dificuldade em dormir, por exemplo, pode ser necessário fazer a reposição com melatonina, que costuma diminuir com a idade.
Ou seja, cada caso é único e deve ser avaliado por um profissional. Deseja passar por uma avaliação? Marque seu horário, será um prazer ajudá-lo!