Dislipidemia: o que há por trás dessa doença silenciosa?
De acordo com a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), a dislipidemia caracteriza-se como uma doença que provoca anomalias nos níveis de gordura no sangue que, em excesso, provocam altos riscos de infarto e derrame.
A Pfizer explica que essa complicação possibilita que as placas de gordura se formem e se acumulem nas artérias, podendo levar à obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo que chega ao coração e ao cérebro.
E elas podem se manifestar de três formas: níveis elevados de colesterol LDL (colesterol ruim); níveis baixos de colesterol HDL (colesterol bom); e níveis elevados de triglicérides.
Fatores de risco e diagnóstico
Embora os casos de dislipidemia também possam ser causados por fatores genéticos, eles estão cada vez mais comuns diante do estilo de vida que grande parte da população tem apresentado, assumindo uma postura sedentária e exagerando no consumo de alimentos gordurosos, dentre outros hábitos ruins, como o abuso de álcool e tabaco.
A SBEM cita que a estimativa é de que, aos 20 anos, 20% dos indivíduos sejam afetados de alguma forma, e alerta que existem dois tipos de dislipidemia:
- Dislipidemia primária: originadas de fatores genéticos (normalmente pai ou mãe, que também tem a doença).
- Dislipidemia secundária: decorrente de outras doenças, como hipotireoidismo, diabetes tipo 2, do uso de medicações, como diuréticos e corticoides, ou pelo sedentarismo, alimentação inadequada e obesidade.
Vale destacar que a dislipidemia é perigosa e age de maneira silenciosa na maioria dos casos. Por isso, é primordial passar por consultas e manter os exames solicitados pelo médico em dia!
Prevenção e tratamento para dislipidemia
O ideal é que a prevenção e o tratamento estejam focados na mudança de hábitos. Por exemplo: seguir uma dieta hipocalórica, pobre em ácidos graxos saturados e colesterol, como as frituras e os alimentos açucarados. No geral, essa é a orientação mais adequada para todos os pacientes.
Os bons hábitos alimentares devem ser combinados com a prática de exercícios físicos, feitos pelo menos quatro vezes na semana, 30 minutos por dia. Essas medidas vão auxiliar na perda de peso e na redução dos níveis de colesterol e triglicérides.
Também é importante ressaltar que o tratamento da dislipidemia em pacientes com diabetes tipo 2 precisa ser mais severo, de modo a diminuir os riscos de acontecimentos fatais, já que eles têm a maior probabilidade e prevalência de alterações no metabolismo dos lipídios.
Em alguns casos é necessário fazer a utilização de medicamentos. Quando há prescrição de remédios, um dos mais recomendados são as estatinas, que fornecem maior benefício na prevenção e diminuição de mortalidade cardiovascular na população. Dependendo da situação, a dislipidemia pode aumentar as chances do paciente ter uma pancreatite aguda.
Com saúde não se brinca! Fique atento aos fatores de risco da dislipidemia e marque uma consulta para que seu caso seja analisado individualmente.