Cecilia Feder

Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

 Publicado por: Cecilia Feder

No ano de 2019, o dia 11 de Outubro passou a integrar o calendário brasileiro pelo Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data já havia sido estabelecida em escala nacional. Agora, se expande para que a conscientização atinja o máximo possível de pessoas.

A obesidade é uma doença silenciosa, cujo impacto vai muito além da aparência. Suas consequências afetam não apenas o indivíduo, mas a própria sociedade, já que afeta sistemas de saúde e a própria economia.

Através da ampliação de mecanismos de informação, a intenção da campanha é informar o máximo e o melhor possível sobre os males da obesidade. A iniciativa, no Brasil, é organizada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica).

Epidemia

Segundo pesquisas recentes, a obesidade já pode ser considerada uma epidemia em escala global: mais de 1,9 bilhão de adultos (cerca de 40% dos adultos do planeta) tinham sobrepeso; e destes, 600 milhões estavam obesos. A composição do cenário piora um pouco mais diante da evolução da obesidade infantil: o número de crianças com sobrepeso em países com renda média (a exemplo do Brasil) mais que dobrou desde 1990 – de 7,5 milhões para 15,5 milhões.

Por isso, é necessário deixar absolutamente claro que a obesidade é uma doença. Uma que pode e deve ser prevenida, especialmente na infância. Dessa forma, é preciso isolar os motivos pelos quais uma pessoa pode se tornar obesa. Esse tópico em particular pode ser elusivo, pois a obesidade pode ter inúmeras motivações: nutricionais, fisiológicos, genéticos, psiquiátricos e psicológicos, comportamentais e ambientais.

Entretanto, quando se observa a dinâmica sociológica dos séculos XX e XXI, é inevitável apontar os dois últimos exemplos como principais culpados. A oferta de bebidas açucaradas e os alimentos ricos em calorias vazias, como doces, contrasta com o aumento de preço dos alimentos saudáveis como frutas, verduras e peixes. A rotina de trabalho contemporânea valoriza a alimentação baseada em carboidratos, principalmente para a população de baixa renda nos países pobres.

Sérias consequências

Entre as principais possíveis consequências da obesidade estão diabetes, pressão alta e doenças cardiovasculares, asma e dificuldades respiratórias, pedras na vesícula e gordura no fígado, problemas nas articulações e gota, além de uma redução generalizada na qualidade de vida.

Mas uma das piores consequências da obesidade seja sua relação com algumas formas de câncer; pesquisas indicam que, de todos os novos casos de câncer em adultos, 3,6% foram atribuídos ao aumento da massa corporal. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta que cerca de 13 em cada 100 casos de câncer no Brasil são atribuídos ao sobrepeso e à obesidade - um número grande e alarmante demais para ser ignorado.

Dificuldades de tratamento

Infelizmente, os tratamentos para a obesidade não evoluíram na mesma medida de nosso conhecimento sobre ela. No geral, reeducação e redução na alimentação e prática de atividades físicas ainda são a melhor solução para a doença. Mesmo tendo consciência das características multifatoriais e ambientais da obesidade, nada muda o fato de que perder peso e mantê-lo ainda é algo complexo.

Pois, mesmo que se proponha um consumo energético negativo consciente para perder peso, o corpo "protege" a si mesmo, acionando mecanismos que compensam a perda abrupta de reservas de energia. Por isso, algumas interpretações sobre as sugestões de reeducação alimentar mudaram recentemente: mirando objetivos mais realistas, uma perda de peso menos acentuada e mais progressiva tende a gerar resultados mais duradouros, mesmo que menos ambiciosos.

As atividades físicas devem ser programadas e acompanhadas por um profissional. O esforço excessivo ou incorreto pode agravar condições de fragilidade física causadas pela obesidade. A alimentação, em geral, deve incluir aumento na ingestão de fibras, redução no consumo de sacarose, de álcool e de gorduras saturadas. Uma terapia comportamental com um nutricionista qualificado pode ser bastante benéfica.

E, claro, o acompanhamento de um endocrinologista, para avaliar as capacidades e possibilidades do paciente, mediando suas ações para que nenhum excesso ou esforço frívolo prejudique o objetivo final de emagrecimento com qualidade.

A Clínica Cecília K R Feder apoia o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Para saber mais sobre o assunto ou buscar ajuda, entre em contato e agende sua consulta.

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