Diabetes gestacional: o bebê terá diabetes?
O diabetes gestacional é uma preocupação por apresentar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Mas, será que isso significa que o bebê terá diabetes?
A resposta é não. Porém, a criança gerada por uma mulher que teve diabetes gestacional pode ter mais riscos de desenvolver hipoglicemia neonatal e obesidade na vida adulta.
Segundo a Internacional Diabetes Federation (IDF), o diabetes gestacional afeta aproximadamente 15% das gestações em todo o mundo. No Brasil, cerca de 18% das grávidas são afetadas pelo problema. Ou seja, uma a cada seis grávidas no país podem apresentar essa condição.
Quando ocorre o diabetes gestacional?
O diabetes gestacional, como o próprio nome diz, tem como característica principal o fato de se desenvolver durante a gestação. Mulheres que não tinham diabetes antes podem apresentar esse tipo a partir da 26° ou 28° semana de gravidez.
Entre os fatores que elevam o risco da diabetes estão histórico familiar de diabetes mellitus, excesso de peso antes ou durante a gravidez, hipertensão, usar corticoides e ter síndrome dos ovários policísticos.
O recomendado é que as gestantes façam a investigação para diabetes gestacional no início do sexto mês de gravidez, com o monitoramento da glicemia em jejum e pelo teste oral de tolerância à glicose.
Riscos para a mãe e para o bebê
Sem o controle da diabetes gestacional, a mãe corre o risco de apresentar complicações como:
- Infecção de urina;
- Pressão alta;
- Parto prematuro;
- Maior risco de diabetes no futuro.
Apesar do bebê não nascer com diabetes, essa condição pode elevar os riscos de uma hipoglicemia neonatal, o que muitas vezes causa a necessidade de internação do recém-nascido na UTI, além de aumentar as chances de obesidade na vida adulta.
Tratamento do diabetes gestacional
A dieta alimentar é um modo de controlar o diabetes gestacional, evitando o ganho de peso excessivo durante a gravidez. Além disso, fazer atividade física, com liberação do obstetra, pode também ser parte do tratamento.
Quanto maior o controle da glicose, menor o risco do bebê desenvolver diabetes na vida adulta. Mas, quando a orientação nutricional não é o suficiente para controlar o diabetes gestacional, é preciso entrar com a insulina no tratamento.
O melhor caminho para garantir a saúde tanto da mãe como do bebê é seguir as orientações da equipe médica. Fazer as consultas de pré-natal é essencial, pois o obstetra pode identificar o diabetes gestacional ou qualquer outra condição e iniciar o tratamento rapidamente.
Após o nascimento, o diabetes gestacional desaparece. Entretanto, é indicado continuar monitorando o nível de glicose da mãe para que a condição não avance para uma diabetes tipo 2.
Assim, é importante sempre reforçar que cuidar da saúde durante a gestação é essencial para evitar complicações para mãe e filho. Em nossa clínica temos tratamentos especializados em diabetes, incluindo o diabetes gestacional. Entre em contato e agende sua consulta!