Diversas podem ser as causas da osteoporose. Podem estar relacionadas ao uso de medicamentos específicos, idade, deficiência hormonal, dentre outros exemplos. Essa é uma condição osteometabólica, normalmente assintomática, que deixa os ossos fracos e tem alta prevalência na população geral.

De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose, cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com algum grau da doença. Além disso, a pesquisa revela dados globais: no mundo, 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens serão diagnosticados com osteoporose em algum momento da vida depois dos 50 anos.

O diagnóstico é feito pelo exame de densitometria óssea. Mulheres devem iniciar o rastreamento a partir dos 65 anos. Já para os homens, o recomendado é que iniciem a detecção aos 70 - porém, dependendo dos fatores de risco apresentados, pode ser necessária a realização do exame antes dessa faixa etária. 

Precisamos lembrar que os ossos fracos podem influenciar diversos aspectos da nossa saúde. O esqueleto humano, formado por mais de 200 ossos e cartilagens, conta com diversas funções importantes para a nossa sobrevivência, como:

• Garantir a sustentação do corpo;
• Proteger os órgãos vitais;
• Possibilitar os movimentos junto aos músculos;
• Produzir células do sangue;
• Armazenar sais minerais.

Ou seja, os ossos são fundamentais e vão além de manter a nossa sustentação e movimentação. Sendo assim, as causas da osteoporose devem ser investigadas e tratadas, pois com os ossos fracos, o indivíduo tende a sofrer fraturas, até mesmo com leves quedas ou batidas.

Algumas causas da osteoporose:

• Deficiência de vitamina D

A insuficiência de vitamina D pode resultar em ossos fracos. Sua produção depende, basicamente, da exposição solar (entre 5 e 10 minutos por dia sem o uso de protetor solar). 

A vitamina D é essencial para o bom funcionamento do organismo, responsável pela absorção de cálcio e fósforo, além de atuar no sistema imunológico, contribuir com a saúde cardiovascular e diminuir a incidência de alguns tumores.

Para a maioria das pessoas, o ideal é mantê-la acima de 20ng/ml. Já quem tem risco aumentado para doenças ósseas, como baixo peso, uso de determinadas medicações, realizou cirurgia bariátrica ou tem doenças ósseas estabelecidas, é indicado 30-60ng/ml; abaixo disso, a reposição deve ser feita por meio de gotas ou comprimidos. 

Em alguns casos, a falta do hormônio pode deixar os ossos fracos, causar fadiga e dor crônica. Por isso, os exames de sangue, especialmente o 25 0H, precisam estar sempre em dia para avaliação médica. 

• Hiperparatireoidismo primário

Não podemos falar das causas de ossos fracos sem citar o hiperparatireoidismo primário -  a condição caracterizada pelo aumento do hormônio denominado PTH. A produção elevada deste hormônio causa um desequilíbrio entre cálcio e fósforo, comprometendo a quantidade - e qualidade - da massa óssea, além de gerar consequências renais, neurológicas e cardiovasculares. 

Para o tratamento neste quadro, cada caso deve ser analisado individualmente, pois pode envolver soluções clínicas ou cirúrgicas. O médico determinará o melhor para o paciente de acordo com as suas particularidades.

• Diminuição dos hormônios sexuais

Uma das causas da osteoporose está relacionada à idade e diminuição de hormônios. Na menopausa, os níveis de estrogênio (hormônio feminino) caem de maneira brusca, deixando os ossos fracos, afinal, o hormônio é responsável pela manutenção do equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea. Este hormônio também está presente nos homens, mas em menor quantidade, o que explica o fato de a osteoporose ser mais prevalente em mulheres.

Ossos fracos: prevenção e tratamento da osteoporose

Levando em consideração que a osteoporose não costuma apresentar sintomas, é fundamental se atentar aos exames de rotina e manter as consultas médicas em dia.

Conhecer o histórico de saúde familiar também é essencial, pois ela pode estar associada à genética ou derivar de doenças relacionadas. Outro método de prevenção é a ingestão de cálcio e vitamina D ao longo da vida, principalmente até os 30 anos, quando o pico de massa é determinado. 

A osteoporose, embora não tenha cura, pode ser prevenida desde a infância, construindo-se uma boa massa óssea por meio da ingestão de laticínios ou alimentos ricos em cálcio, como brócolis, peixes e espinafre. Bons hábitos também são indispensáveis para prevenir ossos fracos: praticar exercícios físicos, tomar banho de sol até às 10h e após às 15h, manter o peso adequado, evitar fumar e beber. 

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