Problemas na hipófise: causas, sintomas e tratamento
A hipófise é considerada a principal glândula do corpo humano. Também conhecida como “pituitária”, está localizada na base do cérebro, e é responsável pela produção de outros hormônios que determinam funções importantes, como a do crescimento, tireoidiano, produção de leite, função reprodutiva e função adrenal.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), diversas doenças podem atingir a hipófise, causando um desequilíbrio hormonal, que pode ser a diminuição ou a produção excessiva de seus hormônios.
Normalmente, a maioria das lesões da hipófise são tumores benignos. Em casos de lesões funcionantes, o paciente pode apresentar tanto um tumor menor que um centímetro quanto um tumor maior que um centímetro, respectivamente chamados de microadenoma e macroadenoma.
Nos caso das lesões não funcionantes (quando não há a produção excessiva do hormônio), os sinais dependerão do tamanho do tumor, gerando suspeita de lesão hipofisária quando há sintomas de cefaleia e alteração da visão, mesmo quando essa alteração se dá apenas na região lateral do rosto.
Contudo, estes sinais não eliminam a chance do indivíduo com produção em excesso também ter os mesmos sintomas. Sendo assim, o ideal é realizar um exame oftalmológico, como a campimetria.
Entenda as síndromes clínicas hipofisárias
Diversas são as alterações que podem ocorrer devido a alguma alteração na produção dos hormônios da glândula, visto a grande correlação em diversos outros órgãos. Além dos tumores de hipófise, dentre as principais doenças relacionadas, estão:
- Adenomas clinicamente não funcionantes - que causa dores de cabeça, perda de parte da visão e elevação discreta da produção de leite;
- Prolactinoma - diminuição da libido, alterações no ciclo menstrual e saída de leite pelo peito;
- Síndrome de Cushing - alterações metabólicas, como diabetes e hipertensão, ganho de gordura no região abdominal, perda de massa muscular com membros afinados, rosto arredondado, pele mais fina e sensível (sujeita a sangramentos);
- Insuficiência Adrenal - dores musculares, dor de cabeça, dor no abdômen, hipoglicemia, desidratação, náuseas e vômitos;
- Acromegalia - espaçamento entre os dentes, perda dentária, alargamento da região frontal do rosto, aumento do volume da região torácica, bem como do nariz, lábios, e crescimento das mãos e dos pés;
- Déficit de crescimento;
- Diabetes Insipidus - aumento na frequência urinária, geralmente mais de 3L por dia, provocando sede intensa.
Detecção e tratamento das alterações da hipófise
Os problemas na hipófise são mais incidentes em mulheres, de acordo com a SBEM, com risco aumentado conforme a idade. Alguns exames podem auxiliar na detecção do tumor de hipófise, como a ressonância de hipófise, e os exames de sangue para detectar o tipo de hormônio afetado (hipofisários, prolactina, TSH, ACTH, FSH e LH).
As particularidades de cada caso devem ser analisadas, podendo envolver tratamento medicamentoso, cirurgias ou radioterapia. Pessoas que tenham sido diagnosticadas com lesão hipofisária assintomática, ou que tenham qualquer sintoma que possa estar relacionado à alteração da função hormonal da hipófise, devem consultar um endocrinologista para uma avaliação mais precisa.
Além disso, o especialista é quem indicará o tratamento adequado de acordo com o caso do paciente, que deve ser acompanhado ao longo de todo o processo. Você pode agendar a sua consulta comigo - será um prazer acompanhá-lo!