Revertendo o pré-diabetes

A expressão pré-diabetes é bastante autoexplicativa: é a condição do paciente que caracteriza o processo metabólico que eventualmente culminará no diabetes; nesse caso, mais precisamente o diabetes mellitus tipo 2.

O pré-diabetes é muito conhecido pelo estado de resistência à insulina, quando o pâncreas passa a produzir insulina em excesso na tentativa de controlar os níveis de açúcar. Também por isso, a pré-diabetes indica que a glicose não está sendo bem aproveitada e está ficando acumulada no sangue, e por isso também é conhecida como intolerância à glicose.

O principal perigo do pré-diabetes é justamente o fato de que se trata de uma condição assintomática – o paciente dificilmente terá qualquer indício de que apresenta essa condição, a não ser que realize exames de sangue periodicamente.

Esses exames podem apontar o desenvolvimento da condição, que é caracterizada por fatores como: um valor de glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl (onde, a partir de 126 mg/dl, a pessoa já é considerada diabética); ou um valor 5,7% e 6,4% em exame de hemoglobina glicada.

É preciso lembrar que o período de pré-diabetes é longo, podendo se estender por anos. O diabetes é uma doença multifatorial, e, portanto, o desenvolvimento da condição pré-diabética pode envolver uma série de circunstâncias que estão tanto sob o controle do paciente, como a qualidade da alimentação, assim como fatores alheios, como hereditariedade e genética.

Portanto, durante a condição de pré-diabetes é que existe a oportunidade de reverter esse quadro. O diabetes não possui cura e é uma doença crônica – ou seja, uma vez desenvolvida, o paciente terá que conviver com ela para o resto da vida. É claro que hoje existem tratamentos muito eficazes, que permitem que o paciente viva uma vida normal e saudável. No entanto, evitar doenças sempre aumenta nossa qualidade de vida, e isso também vale para esta.

Entre os tratamentos sugeridos, o médico endocrinologista pode indicar medicamentos que ajudam a conter a evolução da doença. Independentemente disso, o melhor tratamento preventivo envolve a mudança de hábitos de vida. Investir em uma alimentação mais saudável, com menos calorias oriundas de gorduras saturadas e carboidratos simples, e mais fibras de frutas, verduras e legumes, assim como proteínas de carnes magras, já ajudam muito.

Além disso, é importante determinar uma rotina de atividades físicas de acordo com suas capacidades e possibilidades, tanto programadas e não programadas, assim como realizar um acompanhamento médico constante, realizando exames de check-up regulares. Unindo todos esses recursos, é perfeitamente possível reverter o quadro de pré diabetes.

Em caso de maiores dúvidas, entre em contato com a Dra. Cecilia Feder, médica endocrinologista, e agende sua consulta.