Saiba mais sobre o hipotiroidismo subclínico
O hipotireoidismo subclínico (HSC) é uma condição clínica não rara na população geral, com uma prevalência em torno de 4% a 10%, sendo maior no sexo feminino, em idosos e em dietas com menores quantidades de iodo. O HSC pode ser definido pela presença de níveis elevados do hormônio estimulador da tireoide (TSH) com concentrações normais dos hormônios tireoidianos (T4 livre) no sangue. É em geral muito mais comum que o hipotireoidismo franco, quando os hormônios tireoidianos estão baixos.
O paciente pode não saber que está com essa condição, porque não há sintomas clínicos relevantes que possam indicá-la. Geralmente, sente-se um leve cansaço, falta de vontade em realizar as tarefas diárias e intolerância ao frio, mas eles são comuns a problemas como estresse, virose e excesso de trabalho.
O diagnóstico só é possível por meio de um exame laboratorial, indicado por um especialista. Serão necessários os exames de TSH e t4livre para o diagnóstico de hipotireoidismo. Vale ressaltar que 1 dosagem alterada não é suficiente para fechar o diagnóstico, sempre devem ser coletados pelo menos 2 amostras com intervalo de tempo entre elas de no mínimo 3 meses. Isto porque os hormônios são produzidos e liberados em picos e as vezes uma coleta de TSH alta não representa a realidade, ou mesmo erros laboratoriais que podem vir a acontecer. E para definir a causa também devem ser solicitados os Anticorpos contra a tireoide, Anti TPO e Anti TG.
Após o diagnóstico definido, o especialista decidirá se há ou não indicação de tratar. O tratamento não é indicado em todos os casos, sendo essencial em gestantes, níveis de TSH acima de 10mU/L e alguns casos de pessoas com doença cardiovascular dependendo da idade do indivíduo e do valor do TSH. A indicação do tratamento deve sempre ser individualizada e discutida com o especialista.