Cecilia Feder

Tireoide: o fiel da balança do corpo

 Publicado por: Cecilia Feder

Pense em uma balança. Ela representa o corpo. Se qualquer um dos pratos dessa balança estiver pesado demais, ela perde o equilíbrio. A tireoide é o fiel dessa balança. Esse pequeno órgão é um dos maiores responsáveis por manter o funcionamento do corpo dentro de uma estabilidade apropriada. Por isso, qualquer distúrbio que a afete significa um desequilíbrio para todo o corpo.

 

A glândula se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão. Possui um istmo central com dois lobos simétricos, em uma forma de “borboleta” ou de um escudo. Está fixada à laringe por um tecido conjuntivo. Em relação a outros órgãos do corpo humano, a tireoide é relativamente pequena, mas é uma das maiores glândulas no corpo - pode chegar a até 25 gramas em um adulto.

 

Sua ferramenta para manter o equilíbrio do corpo é a liberação de dois hormônios: T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Seu campo de atuação é vasto: ela age no funcionamento de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Por agir nesse conjunto de seções vitais como um todo, ela acaba interferindo no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.

 

Frágil equilíbrio

 

Por isso, quando a tireoide não está funcionando corretamente, o corpo entra em desequilíbrio como um todo. Dos males que podem afetar a glândula, existem quatro mais notáveis: a baixa produção de hormônios, conhecida como hipotireoidismo; o excesso de produção, chamado de hipertireoidismo; o aumento repentino de volume da tireoide, chamado de bócio; e o surgimento de nódulos na glândula, que pode ou não estar relacionado a um tumor maligno. Para compreendê-los, vejamos alguns dos sintomas:

 

  • Hipotireoidismo: O corpo começa a demonstrar sinais gerais de letargia: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Sintomas incluem diminuição da capacidade de memória; cansaço excessivo; dores musculares e articulares; sonolência; pele seca; ganho de peso; aumento nos níveis de colesterol no sangue; e até depressão.

 

  • Hipertireoidismo: É o oposto diametral do hipotireoidismo. O corpo “acelera” de forma bastante nociva: o coração dispara; o intestino solta; a pessoa fica agitada; fala demais; gesticula muito; dorme pouco, pois se sente com muita energia, mas também muito cansada. É como se a glândula forçasse a pessoa a permanecer ativa até a completa exaustão.

 

  • Bócio: É o aumento do volume da glândula. Dependendo do tamanho, devido à sua posição, pode causar incômodos na deglutição e na respiração.

 

  • Nódulos: Estima-se que até 60% da população brasileira pode ter nódulos na tireoide em algum momento da vida. O que não significa que sejam malignos. Apenas 5% dos nódulos são cancerosos.

 

Possível de se tratar

 

As disfunções da tireoide podem acontecer em qualquer etapa da vida. Algumas crianças, inclusive, já nascem com hipotireoidismo. Para detectá-lo, é realizado o chamado Teste do Pezinho, que deve ser feito, preferencialmente, entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê.

 

Uma das características do hipo e do hipertireoidismo é que, devido à abrangência de seus sintomas, o corpo envia diversos sinais de que a glândula está desregulada. Dessa forma, através de exames de sangue e consulta ao endocrinologista, qualquer alteração pode ser identificada e tratada de forma relativamente simples.

 

Já o reconhecimento de um nódulo na tireoide pode salvar uma vida. Nem sempre os sintomas aparecem. Caso eles sejam menores que dois centímetros, raramente causam sintomas. Por isso, a palpação da glândula é de fundamental importância. Se identificado o nódulo, o endocrinologista deve solicitar uma série de exames complementares para confirmar ou descartar a presença de câncer.

 

Dessa forma, manter contato com seu endocrinologista é essencial. O mau funcionamento da tireoide pode afetar por completo a qualidade de vida de uma pessoa, mas seu tratamento é possível e, na medida do possível, até mesmo simples.

 

A Clínica Cecília K R Feder oferece os mais qualificados profissionais do campo da endocrinologia e da metabologia para tratar disfunções da tireoide. Entre em contato e agende sua consulta.

 

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